Numa entrevista ao jornal O JOGO, Trincão revela o motivo de ter saído do FC Porto quando actuava pelas camadas mais jovens do FC Porto.
É verdade que aos dez anos foi para o FC Porto?
“Sim. Na altura, houve pessoas do FC Porto que gostaram de me ver jogar e foram falar com os meus pais. Estive lá um ano, correu tudo bem”.
Se correu bem, porque esteve lá só um ano?
“Andava na quarta classe e os meus pais tinham de me levar três vezes por semana aos treinos. Era obrigado a fazer a viagem entre Viana do Castelo e o Porto… Naquela idade não era fácil. Tinha um colega de equipa que morava perto de mim e, às vezes, era o pai dele que nos levava. Era muito pequenino e custava-me não ver os meus pais na bancada. O FC Porto já era uma coisa mais séria, não estava habituado. Nessa fase, os meus pais nunca pensaram que o futebol ia ser a minha profissão e por isso voltei ao Vianense.”
No entanto, um ano depois foi para o Braga. Qual era a diferença para o FC Porto?
“Era mais perto de casa e os meus avós são de Braga, tal como eu, de resto. Às vezes até ficava na casa deles a dormir. Já antes de ter ido jogar para o Braga, visitava muitas vezes a cidade e sentia-me mais confortável. Mas continuava a estudar em Viana do Castelo até que, a partir do nono ano, mudei para uma escola em Braga. A partir desse momento, tudo ficou mais fácil.”