Questionado esta segunda-feira sobre o destino a dar ao campeonato da I Liga no caso da temporada não puder ser concluída, Pinto da Costa disse o seguinte:
“O que se jogou não podem anular, porque está jogado. Se resolverem que não há mais campeonato, podem por decreto entregar o campeonato a quem querem”, disse no final da reunião com Marcelo Rebelo de Sousa, este segunda-feira.
“Parece-me que o que tem sido feito é que conta a classificação que está. Não a que queríamos que fosse. A própria Federação e a Liga já o mostraram quando interromperam a II Liga e quem subiu de divisão foram os que estavam em primeiro e em segundo lugares. Quando o terceiro ainda tinha possibilidades de atingir um dos lugares de subida. Acabou assim, foi assim que ficou. Os dois últimos foram os que desceram quando ainda podiam salvar-se, pelo menos um deles tinha muitas possibilidades”, acrescentou.
“Não vejo que pudesse ter um critério para a II Liga e outro para a I. Ou então por decreto dizerem que o campeão é este… e pronto. Ainda hoje vimos um ministro a dizer publicamente que tinha aversão ao azul. A propósito de uma máscara, disseram-lhe que estava ao contrário e ele respondeu que era por causa da “minha aversão ao azul”. Se for esse ministro a decretar o FC Porto não seria campeão. Não sei se referia ao FC Porto. Ele não o disse, se calhar era ao céu, o céu é azul. Mas, se calhar, gosta mais do inferno que é vermelho”, disse o presidente do F Porto, referindo-se ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
“O que está a ser feito, foi feito no campeonato francês. O campeonato foi interrompido e o que ia em primeiro foi campeão. Mas, acha que deve ser o quarto, o terceiro, ou o quinto? A lógica, que foi seguida na II Liga, foi o que estava em primeiro subiu, os últimos desceram. Quando havia gente, como o Feirense, ainda tinha possibilidade de subir”